terça-feira, 24 de março de 2009

Notícia

A Comissão Europeia (CE) anunciou, na passada sexta-feira, a nova Campanha para a Agricultura Biológica na Feira Agrícola, na Bélgica, sob o tema “Agricultura Biológica. Boa para a Natureza, boa para si”.

A campanha irá trabalhar com aqueles que se dedicam ao sector biológico com o objectivo de informar a sociedade sobre o significado e os benefícios da agricultura biológica e a produção de alimentos biológicos, procurando aumentar o reconhecimento destes produtos, dirigindo-se ao jovens e crianças para que estes veiculem as ideias biológicas no futuro.

A Comissária europeia da Agricultura, Mariann Fischer Boel apelou, na ocasião, a todos os envolvidos no sector em questão para promoverem a ideia biológica com a ajuda da nova campanha, afirmando que «a procura de produtos biológicos está a crescer, oferecendo maiores oportunidades de negócio a todos o sectores da cadeia de distribuição alimentar».

Segundo a CE o número e operadores biológicos aumentou nos últimos anos, incluindo agricultores, produtores, transformadores e importadores, com um total de 182.305 em 2005, o que corresponde a um acréscimo de 13,4 por cento em relação a 2004.

Numa conferência de imprensa a Comissão fez o lançamento da campanha e o anúncio de um concurso para a criação de um novo logotipo para a agricultura biológica, numa acção conjunta com a importante feira agrícola gelgas “Foire de Libramont”, que engloba vários aspectos do mundo rural.

A campanha para a Agricultura Biológica foi desenvolvida pela CE com uma abordagem que procura servir o interesse de operadores biológicos da União Europeia (UE) e criada em colaboração com um comité consultivo de especialistas nacionais na promoção deste tipo de agricultura.

A mesma é lançada no âmbito do Plano de Acção Europeu para a Agricultura e Alimentos Biológicos, que define 21 iniciativas para o desenvolvimento do mercado de alimentos biológicos e para o melhoramento dos padrões através de uma maior eficiência e transparência e consequentemente da confiança por parte dos consumidores.

Notícia

Novas regras para as rações biológicas.

A Comissão Europeia autorizou a utilização até 100 por cento das rações produzidas nas próprias explorações biológicas para alimentação dos animais.

Esta decisão da Comissão pretende ajudar os produtores biológicos a conseguirem quantidades suficientes de rações, assim como facilitar a transição da produção tradicional para a biológica.

Outras das modificações introduzidas em relação aos produtos biológicos é, a partir de 31 de Dezembro de 2013, abranger o fermento e derivados como ingrediente de origem agrícola, considerando a CE o prazo necessário para adaptação da indústria do sector.

Notícia.

Agricultura biológica cresce 8 por cento em Portugal.


Nos últimos anos, a crescente preocupação dos cidadãos europeus com a segurança alimentar e a qualidade ambiental teve um impacto significativo no crescimento da agricultura biológica na União Europeia, que se transformou num dos sectores mais dinâmicos da União Europeia.

Considerado hoje como um dos sectores mais dinâmicos no espaço comunitário, a agricultura biológica ocupa 3,6 por cento dos terrenos cultivados e regista um aumento anual de 30 por cento em termos de produção. Produtos químicos de síntese e organismos geneticamente modificados não são utilizados neste tipo de agricultura, que visa minimizar a produção de impactos ambientais negativos na natureza.

Em Portugal a agricultura biológica também conhece algum desenvolvimento. Mas o mercado ainda é pequeno. O preço dos produtos biológicos é um dos factores que afasta os consumidores. Contudo, «quem tem preocupações ambientais percebe que a agricultura biológica pode ser uma resposta a esses problemas», salienta Alfredo Cunhal, vice-presidente da Interbio – Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica.

Volume de vendas de 25 milhões

Apesar do terreno que o sector tem vindo a conquistar, esta área tem ainda pouca expressão em termos nacionais. Corresponde a menos de um por cento do cabaz alimentar português. O volume de vendas não ultrapassa os 25 milhões de euros, dos quais mais de 50 por cento são referentes a produtos importados. As estimativas são avançadas por Alfredo Cunhal, com base nos inquéritos que são realizados aos associados da Interbio.

A tendência vai mesmo assim no sentido do crescimento. «É expectável que, nos próximos 10 anos, o País consiga chegar aos 7 a 8 por cento em termos de consumo», vaticina. Apesar de dispor de condições favoráveis para a produção biológica, pelas suas potencialidades agro-ecológicas, diversidade de fauna e flora e pelo facto de muitas das formas tradicionais de produção estarem próximas deste tipo de agricuktura, Portugal ainda está longe de países como a Noruega ou a Dinamarca, em que o mercado já vale mais de 25 por cento.

De qualquer modo, destaca Alfredo Cunhal, «ninguém pode negar que o mercado sendo pequeno, é cada vez maior». De 2004 para 2005, a agricultura biológica cresceu 8 por cento, tendo duplicado desde 2003, segundo dados disponibilizados pela Confederação dos Agricultores de Portugal. Só entre 2003 e 2005 a área agrícola dedicada ao modo de produção biológico aumentou 93 por cento.

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